Um caso de tribunal na Sibéria poderá resultar na proibição de venda do Bhagavad Gita, um livro sagrado do Hinduísmo. A situação está a enfurecer os hindus, sobretudo na Índia onde protestos levaram hoje ao encerramento do parlamento.
A população hindu na Rússia é praticamente nula , os Hare Krishna, que tem as suas raízes no Hinduísmo e usa o Bhagavad Gita como documento central ao seu cult, tem estado em crescimento e é vista com suspeição pelas autoridades e a Igreja Ortodoxa, a principal confissão religiosa do país.
A acusação na Sibéria é de que o livro é insultuoso para não crentes e poderá terminar com a proibição da obra, colocando-a na mesma lista que o Mein Kampf.
O Bhagavad Gita é considerado, para além de um livro sagrado para os hindus, uma obra-prima da literatura indiana. Assuma a forma de um diálogo entre o deus Krishna e um príncipe, chamado Arjuna, antes de este entrar numa batalha.
Na Índia a notícia foi recebida com revolta. Deputados no parlamento protestaram de tal forma, exigindo saber se o primeiro-ministro já tinha abordado o assunto com o Governo russo, que foi necessário adiar a sessão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia agendou para amanhã uma declaração sobre a posição do Governo a respeito deste incidente.
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