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sábado, 6 de outubro de 2012

A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada Biografia


A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada Biografia


Prabhupada Swami Maharaja Maharaj Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada apareceu neste este mundo em 1896 em Calcutta, Índia. Ele encontrou seu mestre espiritual, Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Gosvami Maharaja na cidade de Calcutta, em 1922. Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati, um proeminente religioso, estudioso e fundador de sessenta e quatro Gaudiya Mathas (Institutos Védicos) apreciou aquele educado jovem e convenceu-o a dedicar sua vida a ensinar o conhecimento védico. Srila Prabhupada tornou-se seu aluno e em 1933 seu discípulo formalmente iniciado.

Em seu primeiro encontro, em 1922, Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati pediu a Srila Prabhupada para que difundir o conhecimento védico em inglês. Nos anos seguintes, Srila Prabhupada escreveu um comentário sobre o Bhagavad-gita, ajudou o Gaudiya Matha em seu trabalho e, em 1944, começou a publicar a "Back to Godhead", uma revista quinzenal em inglês. Atualmente, a revista continua sendo editada pelos seus seguidoras.

Em 1950, Srila Prabhupada deixou a vida de casado, adotando a ordem vanaprastha (retirado) para dedicar mais tempo a estudar e escrever. Ele viajou para a cidade santa de Vrndavana, onde viveu em humildes circunstâncias no histórico templo de Radha-Damodara. Ele aceitou a ordem de vida renunciada (sannyasa) em 1959. Em Radha-Damodara, Srila Prabhupada começou a trabalhar em sua obra-prima: uma tradução comentada de vários volumes do Srimad-Bhagavatam (Bhagavata Purana).

Depois de publicar três volumes do Bhagavatam, Srila Prabhupada foi para os Estados Unidos, em setembro de 1965, para cumprir a missão que lhe foi dada pelo seu mestre espiritual. Após isso, ele escreveria mais de cinqüenta volumes de estudos e traduções comentadas sobre clássicos filosóficos e religiosos da Índia.

Quando chegou à cidade de Nova Iorque em um navio de carga, Srila Prabhupada não tinha praticamente nenhum dinheiro. Somente depois de quase um ano de grandes dificuldades, ele estabeleceu a Sociedade Internacional para Consciência de Krishna, em julho de 1966. Antes de falecer, em 14 de novembro de 1977, ele viu sua Sociedade se transformar em uma confederação mundial de mais de cem centros, escolas, templos, institutos e comunidades rurais.

Dentre as comunidades rurais que Srila Prabhupada estabeleceu está a New Vrindaban, em West Virginia, E.U.A. New Vrindaban é hoje o local onde foi construído um memorial em honra de Srila Prabhupada, o "Srila Prabhupada Palace of Gold".

Srila Prabhupada inspirou a construção de vários centros internacionais na Índia. O centro de Sridhama Mayapur é um local para uma cidade espiritual planejada. Em Vrindavan estão o templo de Krishna-Balarama e a Internacional Guesthouse, a escola gurukula e o Museu Memorial Srila Prabhupada. Há também outros importantes centros culturais e templos em Bombay, Ahmedhabad, Bangalore e New Delhi. Estão sendo planejados outros centros em vários locais importantes no subcontinente indiano.

No entanto, a contribuição mais significativa de Srila Prabhupada são seus livros, os quais são altamente respeitados por estudiosos, devido à sua autoridade, profundidade e clareza.

Em apenas doze anos, desde sua chegada à América em 1965 até sua passagem em Vrindavana em 1977, e não obstante a idade avançada, Srila Prabhupada circulou o globo quatorze vezes fazendo conferência em seis continentes. Mesmo com esta vigorosa programação, Srila Prabhupada continuou escrevendo prolificamente. Suas obras constituem uma verdadeira biblioteca de filosofia, religião, literatura e cultura Védicas.


SRILA PRABHUPADA   (outro resumo)



Srila Prabhupada partiu da Índia em 1965, aos sessenta e nove anos de idade, para cumprir o pedido de seu mestre espiritual de que ensinasse a ciência da consciência de Krishna em todos os países de língua inglesa.
  
   Em apenas doze anos, ele publicou cerca de setenta volumes de tradução e comentários sobre a literatura Védica, que agora são textos normativos em universidades do mundo todo. Durante esse período, viajando quase ininterruptamente, Srila Prabhupada transformou sua sociedade numa confederação mundial de asramas escolas, templos e comunidades rurais. Ele partiu deste mundo em 1977, em Vrndavana, Índia, o local mais sagrado para o Senhor Krishna. Seus discípulos estão levando avante o movimento que ele iniciou.

   Os livros de Srila Prabhupada são publicações culturais para reespiritualizar a sociedade humana, a qual visa alcançar os seguintes objetivos:

1. Ajudar a todos a discriminar melhor entre a realidade e a ilusão, o espírito e a matéria, e o eterno e o temporário.

2. Apresentar a consciência de Krishna conforme a ensinam o Bhagavad-gita e o Srimad-Bhagavatam.

3. Ajudar todo ser vivo a lembrar e servir a Sri Krishna, a Personalidade de Deus.

4. Oferecer orientação sobre as práticas da vida espiritual.

5. Expor as falhas do materialismo.

6. Incentivar um modo de vida natural e equilibrado, com base em valores espirituais.

7. Estimular a comunhão espiritual entre todos os seres vivos, com o Senhor Sri Krishna no centro.

8. Perpetuar e difundir a Cultura Védica.

9. Celebrar o canto dos santos nomes de Deus através do movimento de sankírtana do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu.


SRILA PRABHUPADA   (resumo mais detalhado)


Sua Viagem
Embora uma vela acenda ilimitado número de outras velas, cada uma com a mesma intensidade da primeira, esta ainda permanece a vela original. Analogamente, embora Se expanda em ilimitadas formas, a Suprema Personalidade de Deus ainda permanece a causa original de todas causas. Nos Vedas, essa causa original suprema é chamada de Krishna, porque Ele possui ilimitadas qualidades transcendentais, que podem atrair todos os seres vivos.

Há quinhentos anos, essa mesma causa suprema, o Senhor Sri Krishna, apareceu como Sri Chaitanya Mahaprabhu e declarou que o cantar de Seus santos nomes, o mantra Hare Krishna, atravessaria as fronteiras da Índia e se espalharia por todas as cidades e aldeias do mundo. Passaram-se assim centenas de anos enquanto os fiéis seguidores do Senhor Chaitanya esforçavam-se para expandir Sua missão. Todavia, eles ficaram perguntando-se como e quando a audaciosa predição do Senhor se concretizaria.

Então, no dia 13 de agosto de 1965, poucos dias antes de seu aniversário de sessenta e nove anos, A.C. Bhaktivedanta Swami - filósofo, erudito e santo - partiu para os Estados Unidos para ver o que se poderia fazer. Solicitando uma passagem gratuita a certa companhia marítima local, ele viajou como o único passageiro a bordo do pequeno e velho cargueiro chamado Jaladuta. Tinha como pertences uma mala, um guarda-chuva, uma provisão de cereais, o equivalente a cerca de sete dólares em moeda indiana e várias caixas de livros.

Quando o Jaladuta aportou em Nova Iorque, trinta e sete dias depois, Bhaktivedanta Swami estava completamente só. Ele fora para os Estados Unidos sem conhecer ninguém, sem absolutamente nenhum meio aparente de subsistência e com apenas um escasso punhado de posses que carregara consigo abordo do navio. Não tinha dinheiro, amigos, seguidores, nem sua juventude, boa saúde ou mesmo uma idéia clara de como cumpriria seu extraordinário objetivo - apresentar o conhecimento espiritual dos Vedas a toda sociedade ocidental.

Numa poesia escrita em bengali logo após sua chegada, Bhaktivedanta Swami expressou sua humilde fé no Senhor Sri Krishna e a instrução especial de seu próprio mestre espiritual, que o instigara a difundir os ensinamentos da consciência de Krishna em todo o mundo:
"Meu querido Senhor Krishna...Como farei com que compreendam esta mensagem da consciência de Krishna? Sou muito desventurado, desqualificado e o mais caído. Portanto, busco Sua bênção de modo que possa convencê-los, pois não tenho poder para fazê-lo por conta própria. Tenho certeza de que, quando esta mensagem transcendental penetrar em seus corações, eles decerto se sentirão contentes e assim se livrarão de todas as condições infelizes da vida."
Essa poesia foi escrita dia 17 de setembro de 1965. Pouco mais de doze anos depois, dia 14 de novembro de 1977, Bhaktivedanta Swami partiu deste mundo, na Índia, com oitenta e um anos de idade. O que aconteceu nesses doze anos? O que Bhaktivedanta Swami conseguiu realizar durante esse breve período, tendo começado do nada e com uma idade em que a maioria das pessoas está pronta para aposentar-se? A lista de realizações é surpreendente sob todos os pontos de vista.

Em suma, entre 1965 e 1977, Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami, ou Srila Prabhupada, como seus seguidores carinhosamente passaram a chamá-lo, propagou os ensinamentos da consciência de Krishna em todas as principais cidades do mundo e formou um a sociedade internacional constituída de milhares de membros dedicados. Estabeleceu cento e oito templos, com propriedades magníficas espalhadas pelos seis continentes, e circulou o globo doze vezes para orientar pessoalmente os participantes de sua expansiva missão.

Como se isso já não bastasse para alguém com aquela idade, Srila Prabhupada também traduziu, escreveu e publicou cinquenta e um volumes de livros em vinte e oito línguas diferentes, com dezenas de milhões deles distribuídos em todo o mundo. Proferiu milhares de palestras, escreveu milhares de cartas e participou de milhares de conversações não só com admiradores, mas também com críticos. E ganhou a estima de centenas de preeminentes acadêmicos e figuras sociais, que tinham genuíno apreço por suas contribuições para o bem da religião, da filosofia e da cultura.
A assombrosa história de como Srila Prabhupada atingiu semelhante resultado maravilhoso em apenas doze anos está muito além do objetivo desse site. Mas a seguir você poderá ter um vislumbre de seus notáveis ensinamentos e conquistas.

Sua Sociedade
Após chegar à cidade de Nova Iorque, em setembro de 1965, Srila Prabhupada lutou sozinho durante um ano inteiro para estabelecer seu movimento para consciência de Deus. Levava uma vida simples, palestrava sempre e onde quer que surgisse a oportunidade e, aos poucos, começou a atrair alguns simpatizantes a seus ensinamentos.
Em julho de 1966, embora ainda trabalhasse sozinho numa modesta lojinha no bairro Lower East Side da cidade de Nova Iorque, Srila Prabhupada fundou uma sociedade espiritual aberta para participação mundial. Ele a chamou de Sociedade Internacional para Consciência de Krishna. - ISKCON.
A época da incorporação, Srila Prabhupada não tinha sequer um seguidor vinculado. Nem por isso intimidado, ele recrutou voluntários dentre o pequeno grupo de frequentadores de suas palestras noturnas para atuar como os primeiros curadores da ISKCON. Hoje, a Sociedade Internacional para Consciência de Krishna abrange mais de trezentos templos, fazendas, escolas e projetos especiais em todo mundo e mantém uma congregação mundial com milhões de adeptos.
O propósito da ISKCON
A consciência de Krishna é mais do que outra mera fé sectária. É uma ciência técnica de valores espirituais plenamente descrita na literatura milenar da Índia. A meta do movimento da consciência de Krishna é informar o mundo inteiro sobre os princípios universais da compreensão acerca de Deus para que todos possam colher o sublimes benefícios do entendimento, paz e unidade espirituais.
Os Vedas recomendam que na era atual o meio mais eficaz para lograr auto- realização consiste em sempre ouvir sobre o muito bondoso Senhor Supremo, que é conhecido por muitos nomes, bem como a Ele glorificar e lembrar. Um desses nomes é "Krishna", que significa "aquele que é todo-atrativo"; outro é "Rama", que quer dizer, "o reservatório de todo prazer" e "Hare" que indica a inconcebível energia do Senhor.
Seguindo essa recomendação védica, os membros da ISKCON são sempre vistos cantando Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Esse sublime canto coloca o praticante em contato direto com o Senhor Supremo por meio da vibração sonora de Seus santos nomes e pouco a pouco desperta sua relação original com Deus.
A missão prioritária da ISKCON é, portanto, animar todos os membros da sociedade humana a devotar, ao menos, parte de seu tempo e energias a este processo de ouvir sobre Deus e glorificá-lO. Desse modo, eles chegarão a compreender que todos os seres vivos são almas espirituais, eternamente relacionados com o Senhor Supremo em serviço e amor.
Distribuição de Alimento Espiritual
Além de ensinar o conhecimento védico e difundir o cantar dos santos nomes do Senhor, a ISKCON também distribui gratuitamente alimento espiritual no mundo todo. Assim como a filosofia e o canto, a comida vegetariana que primeiro foi oferecida ao Senhor Supremo purifica o coração e a mente. Ajuda no processo de revelar a original consciência de Deus inerente ao homem. A distribuição de alimento espiritualizado feita pela ISKCON, através de seu programa conhecido internacionalmente como "Alimentos Para Vida" é, portanto, benéfica para o corpo e também para a alma de todo aquele que o saboreia.

Seus Ensinamentos

De todas as suas diversas contribuições, Srila Prabhupada considerava seus livros a mais importante. De fato, ele costumava descrever seu trabalho de tradução e comentário dos antigos textos védicos como sua própria vida e alma. Em 1970, Srila Prabhupada fundou a Bhaktivedanta Book Trust, atualmente a maior editora mundial de literatura védica. Mediante seu trabalho nestas últimas décadas do século, milhões de pessoas têm lido pelo menos um dos livros de Srila Prabhupada e sentido suas vidas genuinamente enriquecidas. Em seguida, apresenta-se uma breve introdução ao conhecimento espiritual que você encontrará nesses livros.
O livros de Srila Prabhupada acentuam a importância da forma da vida humana
Há muitas formas de vida neste planeta. Algumas são imóveis, como árvores e plantas, e outras pertencem à espécie dos seres aquáticos, insetos, aves, feras ou mamíferos. A forma humana também é apenas uma dessas variadas formas de vida. Ainda assim, mesmo um observador casual teria de concordar que os seres humanos são dotados de faculdades singulares que os distinguem de todas as outras espécies. Quais são exatamente essas faculdades singulares?
Para começar a responder a essa pergunta pode-se propor uma outra. Qual a diferença entre o ser vivo e o morto? A resposta é a consciência. Todas as entidades vivas exibem um sintoma de consciência em maior ou menor grau. É por isso que são chamadas de vivas, e não de mortas. Mesmo o germe microscópico ou a planta caseira mostram sinais de consciência, ao passo que a mesa e cadeiras não.
É evidente também que diferentes formas de vida apresentam diferentes níveis e graus de consciência, e a forma humana representa o desenvolvimento máximo de consciência até agora conhecida. Logo, é esse desenvolvimento superior de consciência que distingue o homem de todos os outros seres vivos do planeta.
Mas o que torna a consciência do homem tão distinta daquela do inseto, da ave, da fera ou mesmo do macaco? Essas criaturas comem e o homem também come; elas dormem e o homem também dorme; elas se reproduzem e o homem também se reproduz; elas se defendem e o homem também se defende. O fato de o homem poder realizar essas funções com maior sofisticação talvez seja um indício de que ele possui consciência mais elevada, mas não explica inteiramente sua superioridade sobre todas as outras formas de vida.
Uma explicação mais satisfatória encontra-se em sua capacidade de indagar e refletir sobre si mesmo e sobre a existência de Deus. Ele pode criar linguagens, ponderar o significado da vida e tentar desvendar o mistério que há por trás do céu estrelado. Tal dom não se acha em nenhum outro ser.
Os Vedas, portanto, aconselham que nesta forma de vida humana a pessoa deve inquirir que ela é, que é o Universo, quem é Deus, e qual a relação entre eles.
Deve-se indagar acerca do solução para os problemas fundamentais da vida, a saber: nascimento, morte, velhice e doença. Cães e gatos não podem responder a essas perguntas, mas elas devem surgir no coração de um verdadeiro ser humano.
Os livros de Srila Prabhupada revelam o conhecimento perfeito dos Vedas
Caso se aceite a importância desse tipo de indagação, a próxima consideração será naturalmente onde encontrar respostas autorizadas a tais perguntas. É óbvio que se o conhecimento perfeito a respeito do eu, do Universo e de Deus sequer existe, ele teria de enquadrar-se num patamar superior ao de um ser humano comum, seja ele até mesmo Einstein, Freud, ou outro cientista qualquer.
Porque todo homem tem sentidos imperfeitos e está sujeito a cometer erros, suas opiniões relativas sobre assuntos além de sua experiência não podem fornecer informação válida nem confiável.
Assim, a tentativa empírica de abordar tais assuntos será repleta de imperfeições e resultará em fracasso. Portanto, pseudoverdades estabelecidas exclusivamente em base de especulação mental não podem ajudar ninguém a entender a Verdade Absoluta, que se encontra além dos sentidos e da mente imperfeitos.
Segundo os Vedas, caso alguém queira conhecer algo além da jurisdição de sua experiência - além das limitações da percepção e cognição humana - o processo baseia-se em ouvir de alguém que conhece. Foi o próprio Senhor Supremo quem primeiro proferiu o conhecimento transcendental dos Vedas.
O Senhor, o mais poderoso de todos os seres, não se pode deixar influenciar por nenhuma outra força. Como conseqüência lógica, Seu conhecimento deve ser perfeito. E qualquer um que transmita esse conhecimento sem alteração dá o mesmo conhecimento perfeito. Basta que se aceite essa proposição teoricamente para progredir na compreensão acerca do pensamento védico.
A idéia é que o conhecimento perfeito dos Vedas foi preservado no tempo mediante a cadeia ininterrupta de sucessão discipular. Srila Prabhupada representa uma de tais correntes discipulares. Essa sucessão remonta à época do próprio Senhor Krishna, há milhares de anos. Por isso, o conhecimento encontrado nos livros de Srila Prabhupada não é diferente daquele que foi originalmente transmitido pelo Senhor Supremo. Srila Prabhupada não forjou "verdades". Ele apenas entregou os ensinamentos intemporais dos Vedas originais sem adição, supressão ou mudança.

Os escritos de Srila Prabhupada são representados sobretudo por três clássicos védicos - Bhagavad-gita, Srimad Bhagavatam e Chaitanya-caritamrta. Juntas, essas obras literárias formam 27 volumes de informação detalhada, que constitui a ciência védica original sobre a realização acerca de Deus. Sua tradução, acompanhada de elaboradas explicações, representa a contribuição mais significativa de Srila Prabhupada para a vida espiritual, intelectual e cultural do mundo.
Os livros de Srila Prabhupada apresentam a ciência universal do conhecimento sobre Deus
Podem-se resumir os ensinamentos védicos apresentados nos livros de Srila Prabhupada em três temas gerais, conhecidos em sânscrito como sambandha, abhidheya, e prayojana. Sambandha significa a relação do homem com Deus; abhideya, agir de acordo com essa relação; e prayojana, a meta ou perfeição última. Estas três divisões de entendimento representam princípios universais comuns a todas as doutrinas religiosas do mundo.
O conhecimento expresso nos livros de Srila Prabhupada capacita qualquer um a avançar na compreensão acerca de Deus sem ter de mudar sua atual afiliação religiosa, nacional ou cultural. A ciência de como conhecer Deus, como entender o relacionamento com Deus e como desenvolver amor por Deus nada tem a ver com designações sectárias, tais como: cristão, hindu, ou judeu. Esses são objetivos que nenhuma religião no mundo pode negar. São, em outras palavras, a essência da religião - características universais pelas quais se podem avaliar todas as religiões.
Preferências sobre o santo nome de Deus podem mudar de religião para religião, modos de adoração podem diferir, e detalhes ritualísticos e doutrinários podem variar também. Mas o teste é o quanto o praticante realmente desenvolve conhecimento sobre Deus e amor por Ele. Verdadeira religião significa aprender a amar a Deus. E como amar a Deus é a substância dos ensinamentos encontrados nos livros de Srila Prabhupada.
Os livros de Srila Prabhupada explicam a diferença entre o eu e o corpo
Sem exceção, todos fenômenos materiais têm um começo e um fim. Uma idéia muito proeminente da cultura moderna é que a consciência é um de tais fenômenos. Por conseguinte acredita-se que a consciência (ou o eu) também se acaba com a morte do corpo material. Esse ponto de vista, contudo, permanece apenas uma suposição. Nunca foi provado por qualquer observação ou experiência científicas.
Entretanto, a idéia de que o eu termina com o corpo permanece um dos grandes estatutos de fé do pensamento materialista moderno, e a maioria das pessoas são educadas desde a infância a pensar em função de tais crenças. Poucos são aqueles que refletiram nas implicações filosóficas desse tipo de pensamento, que inconscientemente leva a estilos de vida niilista e impersonalista.
O mais básico dos ensinamentos védicos opõe-se radicalmente ao moderno ponto de vista científico sobre a consciência e a vida. Conforme aquele ensinamento, a consciência individual não é dependente em absoluto de funções neurobiológicas, senão que existe para sempre como realidade independente.
A presença dentro do corpo material de um observador consciente que atravessa todos os diferentes estados corpóreos e mentais mutáveis indica a existência de duas energias - a energia espiritual (representada pelo eu consciente) e a energia material (representada pelo corpo temporário). Os Vedas explicam que a energia espiritual, cujo sintoma é a consciência, continua a existir mesmo após o término do corpo material.

Se cada indivíduo é uma alma eterna coberta apenas por diferentes vestimentas corpóreas transitórias, conclui-se racionalmente que a atividade beneficente suprema para toda a sociedade humana é aquela que pode despertar no homem sua verdadeira identidade espiritual e seu adormecido relacionamento com Deus. Essa atividade chama-se consciência de Krishna.
Assim como não há glória nem proveito em salvar a roupa de um homem que está afogando-se, não há glória nem proveito em esforços humanitários que visam exclusivamente a criar condições melhores para o corpo material temporário, que, em última análise, está fadado a envelhecer, adoecer e morrer.

Como Srila Prabhupada mesmo observa no Srimad-Bhagavatam: "O verdadeiro eu está além do corpo grosseiro e da mente sutil. Ele é o princípio ativo potente do corpo e da mente. Sem conhecer a necessidade da alma adormecida, ninguém pode ser feliz simplesmente com o desfrute físico e mental... As necessidades da alma espiritual é que têm de ser satisfeitas. Quem só limpa a gaiola do pássaro, não satisfaz o pássaro...
"Há uma afeição adormecida por Deus dentro de cada um... Portanto, todos devem dedicar-se a atividades que evoquem a consciência divina. Isso só é possível por intermédio do processo de ouvir e cantar as atividades do Senhor Supremo. Por isso, qualquer ocupação que não ajude a pessoa a se apegar a ouvir e cantar a mensagem transcendental de Deus é considerada mera perda de tempo."

Seus Templos
Como já se mencionou, a ISKCON atualmente tem mais de trezentos templos, fazendas, escolas e projetos especiais mundo afora. Em cada templo, os devotos diariamente dão aulas, cantam e oferecem instrução individual sobre a ciência da consciência de Krishna. Uma vez por semana, os centros promovem um festival com refeição vegetariana e, em certas datas festivas do ano, realizam grandes eventos. Todos os programas são abertos ao público.

Prabhupãda por Michael Grant ( Mukunda dasa)

"... Em meados dos anos 70 o trabalho de tradução e publicação de Srila Prabhupada intensificou dramaticamente. Intelectuais em todo o mundo fizeram comentários favoráveis sobre os seus livros, e praticamente todas as universidades e faculdades dos Estados Unidos aceitaram-nos como textos padrão. Ao todo, ele produziu cerca de oitenta livros, os quais seus discípulos tem traduzido para vinte e cinco idiomas e dos quais já distribuiram cerca de vinte e cinco milhões de copias. Ele estabeleceu cento e oito templos em todo o mundo, e tem cerca de dez mil discípulos iniciados e uma congregação de milhões de seguidores. Srila Prabhupada escreveu e traduziu até os últimos dias de sua estada de oitenta e um anos na Terra.
Srila Prabhupada não foi apenas outro erudito, guru, místico, professor de yoga ou instrutor de meditação oriental. Ele foi a corporificação de toda uma cultura, a qual implantou no Ocidente. Para mim e para muitos outros, ele foi, antes de mais nada, alguém que realmente se preocupou conosco, que sacrificou completamente seu próprio conforto para trabalhar para o bem dos outros. Ele não tinha vida privada, senão que vivia apenas para os outros. Ensinou ciência espiritual, filosofia, bom senso, belas artes, idiomas, o modo védico de vida, higiene, nutrição, medicina, etiqueta, vida familiar, agricultura, organização social, educação escolar, economia, e muitas coisas mais a muitas pessoas. Para mim, ele foi um mestre, um pai e meu mais querido amigo.
Estou profundamente endividado com Srila Prabhupada, e é uma divida que jamais serei capaz de liquidar. Mas posso ao menos mostrar alguma gratidão, juntando-me a seus outros seguidores para satisfazer seu desejo mais íntimo, publicar e distribuir seus livros.
"Jamais morrerei, " disse Srila Prabhupada certa vez. "Viverei para sempre em meus livros." ele se foi deste mundo no dia 14 de novembro de 1977, mas sem dúvida ele viverá para sempre."



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