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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ISKCON, MAS COM POUCO ORGULHO!

Caros Devotos e estimadas devotas, todas as glórias a Srila Prabhupada e à nossa gradiosa instituição. É com grande pesar que vejo a nossa comunidade vaishnava (ou tentativa de vaishnavismo) no Brasil, se apresentar cada vez mais como uma versão dissimulada daquilo que Prabhupada nos legou; realmente é uma tristeza, para não dizer vergonha. Cada um no seu projeto, prasadam sendo cobrada para visitantes e ainda fazendo-se arranjos para não atrair pobres ou "loucos"; sem estrutura nenhuma para receber pessoas com problemas de vícios, familiares, criminais ou grana, e ainda desestimulando devotos que querem fazer algo. Me parece que há um quase consenso em não mais pregar para pessoas humildes (com a exceção de Franco da Rocha); sem contar a mudança nos ritos tradicionais que Prabhupada nos legou, tá virando modinha! Sem falar que há líder proibindo distribuição de livros de Prabhupada. Chocado? Imagina, isso é o de menos, comparado aos absurdos que os bastidores oferecem, aos silêncios impostos, aos devotos que deram o sangue e depois foram rechaçados como leprosos da instituição, à total insensibilidade para com os devotos que estão confusos ou de alguma forma se afastam; parece até que foram tarde ou demoraram, parece até que fizeram um favor em não estarem mais em nossa fantasma instituição. Mas não se preocupem, o discurso de que está tudo bem e que os projetos caminham as mil maravilhas, assim como fazem os nossos políticos em Brasília, continuará. É o que podemos caracterizar como uma instituição de arquiteturas para gringo ver. Não faltarão vozes para dizer que: quem critica algo é louco ou rebelde, já que isso faz parte de todo e qualquer sistema centralizador, sistema este que não consegue nem apoiar um projeto que tenta colocar os livros de Prabhupada nas cabines de venda de livros dos metrôs das grandes cidades; e não foi por falta de sincera tentativa. Sim, não faltam aqueles que impedem o movimento de crescer no Brasil devido ao medo da descentralização ou da divisão dos olhares para outros projetos ou por ciúmes de discipulos de outros mestres. Sinceramente, muitas vezes tenho até vergonha de dizer que sou hare krishna no Brasil ou de convidar algum parente para conhecer. Poxa, se ele não tiver dinheiro, como será tratado? Não nego que avançamos em vários aspectos, mas pioramos em muitos outros, e estes últimos estão abafando e castrando a vinda de novos devotos (os raríssimos bhaktas), e isso me parece de propósito. Nem em relação ao vegetarianismo temos mais voz, pois os vários movimentos que abraçaram a causa, já estão há anos luz na frente de tudo que falamos sobre ele. Nossa culinária ficou no passado e com os velhos arroz e açúcar brancos ainda na mesa; as mulheres ainda estão fora da liderança; os gays ainda estão nos armários e com medo; Gay? Só se for líder. As deidades "faraônicas", tadinhas, sem comida e sem abrigo digno, continuam crescendo como nunca, e crescem mais rápidas do que o armazenamento das mesmas em locais fora de suas zonas de instalação, por falta de cuidado ou manutenção mínima. Enquanto se estoca aos montes as deidades sem abrigo em algum local distante, instalam-se outras e outras, outras e mais outras, como se fossem placas de inauguração de uma ponte de um projeto político. Como se dissessem: "Olhem, agora não mais esquecerão meu nome, 'inaugurei' uma deidade". E o mais interessante, contrariando as vozes que dizem "está tudo bem", quando um devoto no facebook avisa que não mais é devoto e que não o tratem mais como tal (algo que está virando moda e ninguém, digo, nenhum líder, dá à mínima), surge imediatamente o apoio de dezenas de outros devotos e, para minha surpresa, dizendo que já pensaram em fazer o mesmo. E não estou falando dos "devotos fraquinhos e inúteis", como sempre escutei e escuto dos líderes e swamis, sobre os devotos que deixam nossa sociedade, à qual Prabhupada deu o sangue e a alma para manter. Perdi a conta de quantos devotos já me procuraram dizendo que não aguentam mais tanta hipocrisia dos líderes e tanta falta de pregação pública. Perdi a conta de devotos que estão tentando viver sem depender das falácias de alguns discursos arraigados em nosso movimento, de quantos devotos vivem à mingua por não terem uma palavra amiga, de quantos devotos já se afastaram mentalmente e no dia-a-dia de seus mestres, por não mais confiarem em suas palavras. Nossa, são muitos, e devotos bons e sinceros. Tá um verdadeiro Deus nos acuda, pois parece tudo fachada, neon de oratórias e seda de engodos. E vivam os sobreviventes! Mas não estou lembrando daqueles que estão na propaganda do "tudo bem", senão daqueles que sobrevivem sem a proteção da instituição e sem a motivação mínima de dar um sorriso, mesmo que falso, diante de tanta falácia. Lembremos que se uma dada sociedade não consegue absorver críticas, eis que há uma típica tirania instaurada. "Um homem é aceito na religião pelo que ele acredita e expulso pelo que ele sabe". Mark Twain. Esperando que este os encontre bem, seu servo, Adi-karuna Das (HdG) ISKCON, MAS COM POUCO ORGULHO!

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