na vai jano jatu kathancanavrajen
mukunda-sevy anyavad anga samsrtim
smaran mukundanghry-upaguhanamm punar
vihatum icchen na rasa-graho janah
na—nunca; vai—certamente; janah—uma pessoa; jatu—a qualquer momento; kathancana—de uma forma ou de outra; avrajet—não sofre; mukunda-sevi—o devoto do Senhor; anyavat—como outros; anga—Ó meu querido;samsrtim—existência material; smaran—lembrança; mukunda-anghri—os pés de lotus do Senhor; upaguhanam—abraçar; punah—novamente; vihatum—dispostos a renunciar; icchet—desejo; na—nunca; rasa-grahah—aquele que saboreou a doçura; janah—pessoa.
TRADUÇÃO
Meu querido Vyasa, apesar de um devoto do Senhor Krishna cair as vezes de alguma forma ou outra, ele certamente não sofre a existência material como os outros [trabalhadores fruitivos, etc.], porque uma pessoa que tenha uma vez saboreado o gosto dos pés de lótus do Senhor não pode fazer mais nada a não ser lembrar-se daquele êxtase continuamente.
SIGNIFICADO
por A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada
Um devoto do Senhor automaticamente torna-se desinteressado no encantamento da existência material porque ele é rasa-graha, ou aquele que provou a doçura dos pés de lótus do Senhor Krishna. Há certamente muitos ocasiões onde os devotos do Senhor caíram devido à associação desagradável, assim como trabalhadores fruitivos, que estão sempre propensos à degradação. Porém mesmo que ele caia, um devoto nunca deve ser considerado o mesmo como um karmi caído. Um karmi sofre o resultado de suas próprias reações fruitivas, enquanto que um devoto é reformado por castigo dirigido pelo próprio Senhor. Os sofrimentos de um órfão e os sofrimentos de um filho amado de um rei não são a mesma coisa. Um órfão é realmente pobre porque não tem ninguém para cuidar dele, mas um filho amado de um homem rico, ainda que pareça estar no mesmo nível que o órfão, ele está sempre sob a vigilância de seu pai habilidoso. Um devoto do Senhor, devido à associação errada, às vezes imita os trabalhadores fruitivos. Os trabalhadores fruitivos querem ser os senhores do mundo material. Similarmente, um devoto neófito tolamente pensa em acumular algum poder material em troca de serviço devocional. Tais devotos tolos às vezes são colocados em dificuldade pelo próprio Senhor. Como um favor especial, Ele pode retirar toda parafernárial material. Por essa ação, o devoto perplexo é abandonado por todos os amigos e parentes, e por isso ele volta a seus sentidos novamente pela misericórdia do Senhor, e se torna situado apropriadamente para executar o seu serviço devocional.
No Bhagavad-gita também é dito que esses devotos caídos têm a oportunidade de nascer em uma família debrahmanas altamente qualificados ou em uma família rica mercantil. Um devoto em tal posição não é tão afortunado como alguém que é castigado pelo Senhor e colocado em uma posição aparentemente desamparada. O devoto que se torna desamparado pela vontade do Senhor é mais afortunado do que aqueles que nascem em famílias boas. Os devotos nascidos em uma boa família talvez esqueçam dos pés de lótus do Senhor, porque eles são menos afortunados; mas o devoto que é colocado em uma condição desamparada é mais afortunado porque ele rapidamente retorna aos pés de lótus do Senhor quando ele se encontra impotente por toda sua volta.
Serviço devocional puro é tão espiritualmente delicioso que um devoto torna-se automaticamente desinteressado em desfrute material. Esse é o sinal da perfeição do serviço devocional progressivo. Um devoto puro continuamente se lembra dos pés de lótus do Senhor Sri Krishna e não se esquece Dele nem sequer por um momento, nem mesmo em troca de toda opulência dos três mundos.
—Srimad-Bhagavatam, 1.5.19
PAZ PERMANENTE
(Krishna, Bhagavad-gita)
ksipram bhavati dharmatma
sasvac-chantim nigacchati
kaunteya pratijanihi
na me bhaktah pranasyati
"Ele rapidamente se torna virtuoso e obtém a paz permanente. Ó filho de Kunti, declare com toda certeza que Meu devoto nunca perece."
—Bhagavad-gita Como Ele É, 9.31
P.S.: Este documento não é 'Ritvik'.
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