haribol, bem vindos , por favor adicionar

Pesquisar este blog

Translate

domingo, 23 de maio de 2010

Mohini Ekadasi





Domingo, dia 23 de Maio, jejum completo de grãos e derivados para:

Mohini Ekadasi

Maharaja Yudhisthira disse:

Janardana, qual o nome do Ekadasi que ocorre durante o quarto-crescente do mês Vaisakha(abril/maio)? Qual o processo para observa-lo corretamente? Bondosamente narre tudo isto para mim. O Senhor Sri Krishna respondeu:

-Ó abençoado filho de Dharma, o que Vasistha muni certa vez contou ao Senhor Ramachandra, Eu agora descreverei a você. Por favor me ouça com atenção. O Senhor Ramachandra perguntou a Vasistha muni:

-Ó grande sábio, Eu gostaria de ouvir sobre o melhor de todos os dias de jejum, o dia que destroi todo tipo de pecado e tristeza. Tenho sofrido muito devido a separação da minha querida Sita e assim desejo ouvir sobre como Meu sofrimento poderá ter fim. O sábio Vasistha respondeu:

-Ó Senhor Rama, ó Você cuja inteligência é tão perspicaz, simplesmente por lembrar Seu nome pode-se atravessar o oceano deste mundo material. Você me perguntou afim de beneficiar toda humanidade e satisfazer os desejos de todos. Devo descrever agora o dia de jejum que purifica todo mundo.

Ó Rama, o dia é Vaisakha-sukla Ekadasi, o qual cai no Dvadasi. Ele remove todos os pecados e é famoso como Mohini Ekadasi(nota 1). Na verdade, ó Rama, o mérito deste Ekadasi libera da rede de ilusão a alma afortunada que o observa. Portanto, se Você deseja aliviar o sofrimento, observe perfeitamente este Ekadasi auspicioso, pois ele remove todos os obstáculos do caminho e alivia das maiores misérias. Bondosamente ouça enquanto descrevo suas glórias, porque para aquele que simplesmente ouve sobre este auspicioso Ekadasi, os maiores pecados são nulificados.

Havia uma vez nas margens do rio Sarasvati uma bela cidade chamada Bhadravati, a qual era governada pelo rei Dyutiman. Ó Rama, este rei altamente inteligente, veraz e resoluto nasceu na dinastia da lua. Em seu reino havia um mercador chamado Dhanapala, o qual possuia grande riqueza em grãos alimentícios e muito dinheiro. Ele também era muito piedoso. Dhanapala providenciou a escavação de lagos, a construção de arenas para sacrifícios e o cultivo de belos jardins para o benefício de todos os habitantes de Bhadravati. Ele era um excelente devoto de Vishnu e tinha cinco filhos: Sumana, Dyutiman, Medhavi, Sukriti e Dhristabuddhi.

Desafortunadamente, seu filho Dhristabuddhi ocupava-se sempre em atividades muito pecaminosas, tais como dormir com prostitutas e associar-se com pessoas degradadas. Ele desfrutava de sexo ilícito, jogatina e muitas outras variedades de gozo dos sentidos. Ele desrespeitava os semideuses; os brahmanas; os antepassados; os mais velhos; os convidados de sua família. O mal intencionado Dhristabuddhi gastava indriscriminadamente a riqueza de seu pai, sempre comendo alimentos intocáveis e bebendo vinho em excesso.

Um dia, Dhanapala expulsou Dhristabuddhi de casa após vê-lo andando por uma estrada de braços dados com uma protituta. A partir dai todos os parentes de Dristabuddhi tornaram-se mui críticos e afastaram-se dele. Após ter vendido seus ornamentos e ter ficado pobre, as prostitutas também o abandonaram insultando-o devido a sua pobreza. Dhristabuddhi estava agora cheio de ansiedade e também faminto. Ele pensou:

-O que devo fazer? Para onde devo ir? Como devo me manter?

Então ele começou a roubar. Os policiais do rei prenderem-no, mas quando souberam que seu pai era o famoso Dhanapala, eles soltaram-no. Ele foi preso e solto muitas vezes. Mas por fim o mal educado Dhristabuddhi foi preso, algemado e então surrado. Após açoita-lo o ordenança do rei advertiu-o:

-Ó malvado! Não há lugar para você aqui.

Entretanto, Dhristabuddhi foi solto por seu pai e entrou na densa floresta. Ele perambulou daqui para ali, faminto e sedento, sofrendo muito. Eventualmente ele começou a matar leões, veados, javalis e lobos para alimentar-se. Seu arco estava sempre pronto em sua mão e sua aljava cheia de flechas afiadas sempre em seu ombro. Ele matou muitos pássaros tais como cakoras, pavões, kankas e pombos. Ele matava sem hesitar muitas espécies de aves e animais, aumentando assim a cada dia seus pecados. Devido a seus pecados anteriores, ele estava agora imerso em um oceano de muitos pecados.

Dhristabuddhi estava sempre na miséria e ansiedade, mas um dia, durante o mês Vaisakha,

pela força de algum de seus méritos passados, ele chegou casualmente no asrama sagrado de Kaundinya muni. O grande sábio tinha acabado de se banhar no rio Ganges, e a água gotejava dele. Dhristabuddhi teve a grande boa fortuna de tocar em uma das gotas que caiam das vestes do sábio. Instantâneamente Dhristabuddhi livrou-se da ignorância e suas reações pecaminosas reduziram-se. Oferecendo suas humildes reverências a Kaundinya muni, Dhristabuddhi orou para ele com as mãos prostas:

-Ó grande brahmana, por favor descreva algum tipo de expiação que eu possa executar sem muito esforço. Eu cometi muitos pecados em minha vida, agora isto me tornou um desafortunado. O grande sábio respondeu:

-Ó filho, ouça com grande atenção, pois por me ouvir você livrar-se-á de todos os seus pecados restantes. No quarto-crescente deste mês Vaisakha , ocorre o sagrado Mohini Ekadasi, o qual tem o poder de nulificar pecados tão grandes e pesados quanto o monte Sumeru. Se você seguir meu conselho e observar fielmente o jejum neste Ekadasi, o qual é tão querido para o Senhor Hari, você se livra-rá de todas as reações pecaminosas de muitos, muitos nascimentos.

Ouvindo estas palavras com grande prazer, Dhristabuddhi prometeu observar o jejum no Mohini Ekadasi, de acordo com as instruções do sábio. Ó melhor dos reis, ó Rama, por jejuar completamente no Mohini Ekadasi, o uma vez pecaminoso Dhristabuddhi, o filho pródigo do mercador Dhanapala, tornou-se impecável. Depois disso ele obteve uma belíssima forma transcendental e livre por fim de todos os obstáculos, subiu em Garuda, o carregador de Vishnu, dirigindo-se à morada suprema do Senhor.

Ó Rama, o dia de jejum do mohini Ekadasi, remove os apegos ilusórios mais obscuros da existência material. Então não há dia de jejum melhor em todos os três mundos. O Senhor Krishna concluiu:

-E assim, ó Yudhisthira, não há lugar de peregrinação, nem sacrifício, nem caridade que possa conceder mérito igual a um sexagésimo do mérito obtido pelo meu devoto fiel que jejua no Mohini Ekadasi. E aquele que ouve e estuda as glórias do Mohini Ekadasi, alcança o mérito de doar mil vacas em caridade.

Assim acaba a narração das glórias do Vaisakha-sukla Ekadasi ou Mohini Ekadasi do Kurma Purana

NOTAS

1) Se o dia lunar de Ekadasi cai em combinação com o Dvadasi, ele é chamado de Ekadasi (suddha) puro ou Mahadvadasi de acordo com as literaturas védicas. Além disso, no Garuda Purana(1.125.6), o senhor Brahma declara para Narada muni:

brahmana, esse jejum deve ser observado quando há um Ekadasi completo(suddha), uma mistura de Ekadasi e Dvadasi(Maha-Dvadasi) ou uma mistura dos três(Ekadasi, Dvadasi e Trayodasi), mas nunca num dia que ocorrer a mistura do Dasami e Ekadasi(viddha).

FIM




fonte:

http://br.groups.yahoo.com/group/krishna-katha


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato

Email :
harekrishnacampinas@hotmail.com

Creative Commons License

Jornal Hare Krsna Brasil é licenciado Licença Creative Commons
Ao copiar qualquer artigo por gentileza mencionar o link o credito do autor .