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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Paz E Prece

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enviado e traduzido por: Bhakti Brasília

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Hari Katha de Tridandiswami B.V. Vana Maharaja

A gratificação dos sentidos materiais não deve ser a meta principal da vida humana. A pessoa deve levar uma vida simples e usar o tempo disponível para inquirir a cerca da Verdade Absoluta. Sendo assim, não há significado nas intermináveis atividades materiais.
Toda a humanidade busca completa paz e felicidade. Portanto, os Vedas explicam:

“natalpa sukham bhumeva sukham”

Esse mundo é chamado a “criação incompleta”, por isso, ninguém pode satisfazer seus próprios desejos, mas ainda assim todos procuram por felicidade. As escrituras só mostram provas de felicidade no mundo transcendental. Esse mundo transcendental é chamado “criação completa”. Krishna disse a Arjuna no Bhagavad-Gita:

tam eva saranam gaccha sarva-bhavena bharata
tat prasadat param santim sthanam prapsyasi sasvatam

“Ó Bharata, renda-se exclusivamente a Isvara em todos os aspectos. Através de Sua graça, você obterá paz transcendental e a morada eterna e suprema.”
(18.62)

Tentativas são feitas de tempos em tempos para que o reino celestial descenda para a terra. Tais tentativas são de diferentes naturezas. Uma é trazer paz ao mundo. As pessoas pacíficas foram glorificadas em diferentes épocas. A história do mundo viu muitos exemplos disso. Suas extraordinárias qualidades de coração e mente as levam à proeminência e mesmo dentre seus iguais, tais “pacificadores” são notáveis. Isso os capacita a controlar as mentes de milhões de pessoas, que, ávidos por terem paz, juntam-se para trabalhar sob sua prescrição.

Muito em breve essas exaltadas personalidades se tornam bem sucedidas em estabelecer uma era de “paz mundial”. Mas, pouco tempo depois, as pessoas realizam que foram enganadas. A paz obtida por eles é apenas a semente de mais perturbação que pode brotar a qualquer momento. A reputação dos grandes promovedores da paz muito rapidamente se degrada e eles são forçados a abandonar suas posições. Outra pessoa então é impelida à reponsabilidade de tal cargo. Tal é o destino de toda concepção de paz da humanidade.

Há dois tipos de jivas (almas) que se manifestam do Senhor: a alma condicionadas e as liberadas. As almas liberadas sempre permanecem no mundo transcendental e as almas condicionadas vivem neste mundo material. Aqueles que estão aprisionados nesse mundo são de dois tipos: piedosos e impiedosos. A jiva (alma) piedosa que está situada no corpo material é controlada pelos atos de comer, dormir, e executar atividades sensoriais, pois assim seus desejos materiais determinam. Para desfrutar de confortos materiais, ela se engaja numa variedade de atividades que nascem de seus desejos materiais. Executando as cerimônias purificadores prescritas nos Vedas, sua intenção é coletar créditos piedosos para que possa desfrutar prazeres materiais ao nascer em uma família de alta classe neste mundo, e após isso, novamente obter prazeres celestiais nos planetas superiores. Assim, ele se submete ao caminho de karma.

Em contraste, as almas impiedodas se refugiam na irreligião e desfrutam da gratificação dos sentidos ao executar vários tipos de atividades pecaminosas. A conclusão é que a meta e objetivo de ambas as jivas (almas), piedosas e impiedosas, é o desfrute dos sentidos, mas o Srimad Bhagavatam explica que devemos abandonar tal desfrute de nossos próprios sentidos e satisfazer os sentidos do Senhor Krishna.

No Seu Siksastakam, Sri Caitanya Mahaprabhu (que apareceu nesta era de Kali-yuga e não é diferente do Senhor Krishna), declarou:

na dhanam na janam na sundarim
kavitam va jagadisa kamaye
mama janmani janmanisvare
bhavatad bhaktir ahaituki tvayi

“Ó Jagadisa ! Eu não desejo riqueza, seguidores, esposas, filhos, amigos e parentes, nem quero conhecimento material expressado em linguagem poética. Meu único desejo é que nascimento após nascimento eu possa realizar serviço devocional a Seus pés de lótus” (4)

A paz mundial somente é possível quando paramos de identificar nossos seres reais com esse mundo material, e quando a felicidade material mundana não mais for nossa meta e objetivo.

O Vaishnavismo trata da religião da alma como sendo distinta do corpo e mente. Nem o corpo nem a mente são eternos, apenas a alma. O objeto de persuasão das outras religiões é uma das quatro coisas: virtude, riqueza, desejo e salvação. Mas os Vaishnavas não tem nada a ver com nenhum desses aspectos, pois nenhum é o real objetivo da alma. O Vaishnavismo começa com a distinção entre as coisas permanentes e temporárias. Tanto o corpo como a mente são considerados pelos Vaishnavas como sendo relacionados ao nascimento e morte, e portanto são temporários. Entretanto, a alma é eterna, como podemos constatar no Bhagavad Gita: ” A alma é eterna, não pode ser queimada ou destruída com o extermínio do corpo.” (2.20)

O Srimad Bhagavatam discursa sobre aquele que é o melhor benfeitor neste mundo:

tava kathamrtam tapta-jivanam
kavibhir iditam kalmasapaham
sravana-mangalam srimad atatam
bhuvi grnanti ye bhuri-da janah

As gopis de Vrindavan declaram “O néctar de Suas palavras e as descrições de Suas atividades são a vida e alma daqueles que sofrem nesse mundo material. Essas narrações, transmitidas pelos sábios eruditos, erradicam todas as atividades pecaminosas e concedem boa fortuna sobre quem quer que as ouça. Tais narrações são transmitidas por todo o mundo e estão preenchidas de poder espiritual. Certamente aquele que dissemina a mensagem de Deus é o mais munificiente.” (10.31.9)

Devemos ouvir o anseio da alma a esse respeito. A alma é toda amor, e assim, a paz estabelecida nos princípios da alma é a verdadeira paz. A alma que ama a Deus, ama a todos. Esse é o verdadeiro conforto.

Os professores desse amor divino geralmente são mal interpretados. A pessoas estão desacostumadas a estudar coisas que não se referem à carne e sangue, elas vêem perturbação da etiqueta social e moral em seus ensinamentos.

Dirigindo-se a uma aseembléia assim, Cristo disse, “Não pensem que vim trazer paz à terra. Eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra.” (Novo Testamento)

Ele queria dizer que o amor construído nas relações sanguíneas não é amor. Um filho querido do Senhor certamente será desfavorável a seu pai que não ama Deus. Aqui, neste caso, no ato de deixar um pai assim, há paz. Existe paz na rebelião contra todas as convenções morais e sociais, se tal proposta é promovida pelo Amor Divino. Houve paz quando Prahlada Maharaj desobedeceu seu pai, Hiranyakasipu, que o impeliu a não adorar o Senhor Krishna. Houve paz quando Arjuna, comandado pelo Senhor Krsna, matou na batalha de Kuruksetra seus parentes, inclusive Bhisma, seus próprios avós, e seu meio-irmão. Houve paz quando Cristo, crucificado vivo, orou para Deus dizendo, “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem”. Existe paz na paz, e também na perturbação. Deus sabe como manter a paz, mesmo quando parece que na verdade um fato tratá prejuízo, ou algo desfavorável.

Alguns são karmis (aqueles que executam atividades fruitivas), alguns são jnanins (seguem o caminho do conhecimento), mas nós somos os servos dos verdadeiros devotos de Hari. Aquele que cultiva um processo espiritual fidedigno para limpar seu coração e mente, é considerado inteligente, e conhecedor da real meta da vida. Bhakti-yoga ou serviço devocional a Krsna é o meio mais rápido de obter felicidade e segurança real para o futuro. Nesta era de caos e confusão, conhecida como kali-yuga, o método mais fácil recomendado é o ouvir e o cantar dos sublimes nomes de Deus, a Suprema Pessoa, Krsna.

Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

Esses 16 nomes são tudo o que é requerido para liberar alguém da escuridão da ignorância, e situar tal pessoa na plataforma mais elevada da realização de Deus. Krsna não é um Deus Indiano, ou o líder da religião “Hindu”. “Hare” é a invocação ou palavra usada para se dirigir à Suprema Pessoa, “Hari.” Krsna é um nome que usamos para chamar o Senhor, pedindo que ele nos libere dessa existência material ilusória. E quando dizemos “Rama” estamos pedindo ao Senhor que brinque conosco. Humildemente pedimos a todos que participem desse sublime processo de bhakti-yoga e tornem-se realmente felizes nesta vida.


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