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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

AVATARAS

Prezados leitores, amigos e irmãos.

Com o sucesso alcançado pelo filme "Avatar" no meio cinematográfico, aproveito a oportunidade para falar um pouco sobre esse tema, e reescrevo abaixo alguns tópicos do meu blogger "http://avatarasdevisnu.blogspot.com/", onde cito informações com respeito ao significado da palavra Avatara, seus tipos, qualidades e opulências, de acordo com as instruções do Senhor Caitanya Mahaprabu passadas diretamenta a Sanatana Goswami.

Ishani D D




"As expansões do Senhor Supremo, que vêm a esta criação material, chamam-se Avataras ou Encarnações de Deus.

A palavra avatara significa “aquele que desce”, e neste caso a palavra refere-se especificamente àquele que desce do céu espiritual.

No céu espiritual existem inumeráveis planetas Vaikunthas, dos quais as expansões da Suprema Personalidade de Deus - Krsna, vêm a este universo.

Sempre que uma encarnação de Deus descende ele aparece com todas as suas seis opulências, suas qualidades e seus associados, enviando primeiro aqueles que serão os seus pais.

As seis opulências de um Avatara são: riqueza, força, conhecimento, beleza, fama e renúncia.

O primeiro advento da Suprema Personlidade de Deus, sob sua forma expansão de Sankasana, é Maha-Visnu, a encarnação purusa. No Srimad-Bhagavatam (1.2.1) corfirma-se que, ao descer como a primeira encarnação purusa da criação material, a Suprema Personalidade de Deus manifesta de imediato dezesseis energias elementares.

Esse Maha-Visnu, que repousa dentro do Oceano Causal, é a encarnação original no mundo material Ele é o Senhor do Tempo, da natureza, da causa e efeito, da mente, do ego, dos cinco elementos, dos três modos da natureza, dos sentidos e da forma universal.

Embora seja o amo de todos os objetos móveis e inertes do mundo material, Ele tem plena independência.

Como se confirma no Srimad-Bhagavatam (2.9.10), a influência da natureza material não pode ultrapassar Viraja, o Oceano Causal.

Os modos na natureza material (bondade, paixão e ignorância), bem como o tempo material, não exercem influência nos planetas Vaikunthas. Nestes Planetas, os liberados companheiros do Senhor Supremo vivem eternamente e são adorados tanto pelos semideuses como pelos demônios.

A natureza material age em dois aspectos, a saber, maya e pradhana. Maya é a causa direta e pradhana refere-se aos elementos de manifestação material.

Quando Maha-Visnu, o primeiro purusa-avatara, lança Seu olhar sobre a natureza material, ela se agita. Então, Ele fecunda com entidades vivas a matéria. Em virtude do simples olhar de Maha-Visnu, cria-se a consciência, conhecida como mahat-tattva.

A Deidade predominante do mahat-tattva é Vasudeva. Essa consciência criada divide-se, então, em três atividades departamentais, de acordo com os três gunas, ou modos da natureza material.


A consciência no modo da bondade é descrita no Décimo Primeiro Canto do Srimad-Bhagavatam. A deidade predominante do modo da bondade chama-se Aniruddha.

A consciência no modo da paixão material produz inteligência, e a Deidade predominante neste caso é Pradyumna. Ele é o senhor dos sentidos.

A consciência no modo da ignorância gera a produção do éter, do céu e da audição. A manifestação cósmica é uma combinação desses modos, e, dessa maneira, criam-se os inúmeros universos. Ninguém pode calcular o número de universos.

Esses inúmeros universos são produzidos nos poros do corpo de Maha-Visnu. Assim como inúmeras partículas de poeira passam através dos minúsculos buracos de uma tela, inúmeros universos emanam dos poros do corpo de Maha-Visnu. Quando Ele exala, inúmeros universos são produzidos, e quando inala, eles são aniquilados.

Todas as energias de Maha-Visnu são espirituais e nada têm a ver com a energia material.

No Brahma-samhita (5.48) afirma-se que Brahma, a deidade predominante de cada universo, vive apenas durante uma respiração do Maha-Visnu. Assim, Maha-Visnu é a Superalma original de todos os universos e também o seu senhor.

A segunda encarnação de Visnu, Garbhodakasayi –Visnu, entra em cada um dos universos, enche-os com água produzida de Seu corpo e deita-se nessa água.

De seu umbigo, cresce o caule de uma flor de lótus, e nessa flor de lótus nasce Brahma, a primeira criatura.

Dentro do caule dessa flor de lótus existe quatorze divisões de sistemas planetários, que são criadas por Brahma.

Dentro de cada universo o Senhor está presente como Garbhodakasayi –Visnu, e Ele mantém cada universo e atende a suas necessidades. Embora esteja dentro de cada universo material, a influência da energia material não pode tocá-lo.

Quando se faz necessário, esse mesmo Visnu assume a forma do Senhor Siva e aniquila a criação cósmica.

As três encarnações secundárias – Brahma, Visnu e Siva – são as deidades predominantes dos três modos na natureza material. No entanto, o Senhor do universo é Garbhodakasayi –Visnu, que é adorado como a Superalma Hiranyagarbha. Os hinos védicos descrevem-no como aquele que tem milhares de cabeças. Embora esteja dentro da natureza material, Ele não é tocado por ela.

A terceira encarnação de Visnu, Ksirodakasayi-Visnu, também é uma encarnação do modo da bondade.

Ele é a Superalma de todas as entidades vivas e reside no oceano de leite dentro do universo.

Dessa maneira, são descritos os "purusa-avataras".

Os lila-avataras, ou avataras de “passatempos do Senhor Supremo são ilimitados. Contudo, o Senhor Caitanya descreveu alguns deles, por exemplo: Matsya, Kurma, Raghunatha, Nrsimha, Vamana e Varaha.


No totante ao guna-avataras, ou encarnações qualitativas de Visnu, eles são três: Brahma, Visnu e Siva.

Brahma é uma das entidades vivas, porém, em virtude de sua posição, o primeiro ser criado, ele é muito poderoso. Essa entidade viva primordial, senhor do modo da paixão material, recebe diretamente do Garbhodakasayi–Visnu o poder de criar inúmeras entidades vivas.

No Brahma-samhita (5.49), Brahma é comparado a jóias valiosas influenciadas pelos raios do sol, e o Sol é comparado ao Supremo Senhor Garbhodakasayi–Visnu. Se, em alguma kalpa, não há uma entidade viva idônea, capaz de agir na qualidade de Brahma, o próprio Garbhodakasayi–Visnu manifesta-se como Brahma, agindo como tal.

De modo semelhante, ao expandir-se como o Senhor Siva, o Senhor Supremo ocupa-se, quando necessário, em aniquilar o Universo. O Senhor Siva, em associação com maya, tem muitas formas, que em geral perfazem onze.

O Senhor Siva não é uma das entidades vivas, Ele é, mais ou menos, o próprio Senhor Supremo. A esse respeito, dá-se muitas vezes o exemplo do leite e do iogurte: o iogurte é uma preparação do leite, mas ainda assim ele não pode ser usado como leite. De igual modo, o Senhor Siva é uma expansão de Visnu, mas não pode agir como Ele. A diferença essencial é que o Senhor Siva tem uma conexão com a natureza material, mas Visnu(Krsna), não tem nada a ver com a natureza material.

No Srimad-Bhagavatam (10-88-3), afirma-se que o Senhor Siva é uma combinação de três classes de consciência transformada, conhecidas como vaikarika, taijasa e tamasa.

A encarnação de Visnu, embora seja o senhor do modo da bondade dentro de cada universo, não está de modo algum em contato com a influência da natureza material. Embora Visnu seja igual a Krsna, Krsna é a fonte original. Visnu é uma parte, mas Krsna é o todo.


Essa é a versão dada pelos textos védicos. No Brahma-Samhita, dá-se o exemplo de uma vela original que acende uma segunda vela. Embora as duas velas tenham o mesmo poder, aceita-se que uma é a original, e que a outra foi acesa pela original.

A expansão Visnu é como a segunda vela. Ela é tão poderosa quanto Krsna, mas o Visnu original é Krsna.

Brahma e o Senhor Siva são servos devotados do Senhor Supremo, e o Senhor supremo, sob a forma de Visnu, é uma expansão de Krsna.

É impossível contar os manvantara-avataras (Manus). Em uma kalpa, um dia de Brahma, manifestam-se quatorze Manus.

Calcula-se que um dia de Brahma perfaz quatro bilhões e trezentos e vinte milhões de anos, e Brahma vive por cem anos dessa escala.

Logo, se aparecem quatorze Manus em um dia de Brahma, existem 420 Manus durante um mês de Brahma, e durante um na de Brahma existem 5.040 Manus.

Como Brahma vive por cem de seus anos, calcula-se que existem 504.000 Manus manifestos durante o período de vida de um Brahma.

Visto que há inúmeros universos, ninguém pode imaginar a totalidade de encarnações manvantaras. Porque todos os universos são produzidos simultaneamente pela exalação do Maha-Visnu, ninguém pode sequer calcular quantos Manus manifestam-se de uma só vez.

Contudo, cada Manu recebe um nome diferente. O primeiro Manu chama-se Svayambhuva e é filho de Brahma. O segundo Manu, Svarocisa, é filho da deidade predominante do fogo. O terceiro anu, Uttama, é filho do rei Priyavrata. O quarto Manu, Tâmasa, é irmão de Uttama. O quinto Manu, chamado Raivata, e o sexto Manu , chamado Caksusa, são irmãos de Tâmasa, mas Caksusa é filho de Caksu. O sétimo Manu chama-se Vaivasvata e é filho do deus do Sol. O oitavo Manu chama-se Savarni e também é filho do deus do Sol, nascido de uma de suas esposas chamada Chaya. O nono Manu, Daksasavarni, é filho de Varuna. O décimo Manu, Brahmasavarni, é filho de Upasloka. Quatro outros Manus são conhecidos como Rudrasavarni, Dharmasavarni, Davasavarni e Indrasavarni.

Existem quatro yugas, ou milênios: Satya, Treta, Dvapara e Kali.

Em cada milênio o senhor supremo encarna, e cada encarnação tem uma cor específica de acordo com a yuga.

Na Satya-yuga, a cor da principal encarnação é branca.

Na Treta-yuga, a cor é vermelha.

Na Dvapara-yuga a cor é escura .

Na Kali-yuga a cor da principal encarnação é amarela.

No Srimad-Bhagavatam (10.8.13), o astrólogo Gargamuni, que calculou o horóscopo de Krsna na casa de Nanda Maharaja, também confirma isto.

Na Satya-yuga, o processo de auto-realização era a meditação, ensinado pela encarnação branca de Deus. Essa encarnação deu uma bênção ao sábio Kardama através da qual ele poderia ter como filho uma encarnação da Personalidade de Deus. Na Satya-yuga todos meditavam em Krsna e toda entidade viva tinha conhecimento pleno.

Na era de atual, Kali-yuga, pessoas que não têm pleno conhecimento ainda estão tentando seguir este processo meditativo recomendado para uma era anterior.

O processo para a auto-realização recomendado no milênio Treta-yuga era a execução de sacrifício, o qual foi ensinado pela encarnação vermelha de Deus.

No milênio Dvapara, Krsna em pessoa esteve presente, e todos o adoravam com o seguinte mantra:

“Namas te vasudevaya
Namah sankarsanaya
Pradyumnayaniruddhaya
Tubhyam bhagavate namah”

“Que eu ofereça minhas reverências à Suprema Personalidade de Deus, Vasudeva, Sankarsana, Pradyumna e Aniruddha”.

Este foi o processo de auto-realização para a era Dvapara.

No milênio seguinte – a atual era de Kali – o Senhor encarna para pregar o canto do santo nome do Senhor. Nesta era, o Senhor é amarelo (Caitanya Mahaprabhu) e, através do cantar dos nomes de Krsna, ensina às pessoas o amor por Deus.

O próprio Krsna efetua esse ensinamento e, recitando, cantando e dançando com milhares de pessoas a seguí-lo, exibe amor por Deus. O Srimad-Bhagavatam (11.5.32) prediz o advento dessa encarnação específica da Suprema Personalidade de Deus:

“Krsna-varnam tvisakrsnam
Sangopangastra-parsadam
Yjnaih sankirtana-prayir
Yajanti hi sumedhasah”

“Na era de Kali, o Senhor encarna como um devoto, cuja tez é amarelada, e está sempre cantando Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna, Krsna, Hare, Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama, Rama, Hare, Hare. Embora seja Krsna, sua tez não é escura como a de Krsna de Dvapara-yuga, mas sim dourada. Na Kali-yuga, o Senhor ocupa-se em pregar o amor por Deus através do movimento de sankirtana, e as entidades vivas inteligentes adotam este processo de auto-realização”.

No Srimad-Bhagavatam (12.3.52), declara-se também:

“krte yad dhyayato visnum
Tetrayam yajato makhaih
Dvapare paricaryayam
Kalau taddhari-kirtanat”

“A auto-realização alcançada no milênio Satya através da meditação, no milênio Treta através da execução de diferentes sacrifícios, e no milênio Dvapara através da adoração do Senhor Krsna, pode ser alcançada na era de Kali através do mero cantar dos santos nomes Hare Krsna”.

O Visnu Purana (5.2.17) também confirma isso como se segue:

“dhyayan krte yajan yajnais
Tretayam dvapare ‘rcayan
Yad apnoti tad apnoti
Kalau sankirtya kesavam”

“Nesta era é inútil a prática da meditação, de sacrifício e de adoração no templo. Mediante o simples cantar do santo nome de Krsna - Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna, Krsna, Hare, Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama, Rama, Hare, Hare - pode-se alcançar auto-realização perfeita”.

Quando o Senhor Caitanya descreveu a encarnação para esta era de Kali, Sanatana Gosvami, que fora ministro do governo da Índia e era muito perspicaz em tirar conclusões, perguntou ao Senhor: “Como podemos entender o advento de uma encarnação.”

“Assim como, recorrendo aos textos védicos, podemos entender as diferentes encarnações para os diferentes milênios”, respondeu o Senhor Caitanya, “podemos também entender quem, de fato, é a encarnação do Supremo nesta era de Kali.”

Dessa maneira, o Senhor enfatizou sobretudo a referência às escrituras autorizadas. Em outras palavras, ninguém deve aceitar por capricho que uma pessoa é uma encarnação, mas deve tentar entender as características de uma encarnação recorrendo às escrituras.

Uma encarnação do Senhor Supremo nunca se declara uma encarnação, porém, seus seguidores devem verificar quem é uma encarnação e quem é um impostor, recorrendo às escrituras autorizadas.

Qualquer pessoa inteligente pode compreender a características de um avatara mediante o conhecimento de dois aspectos: o aspecto principal, chamado personalidade, e os aspectos marginais.

Nas escrituras há descrições das características do corpo e das atividades de uma encarnação de Deu, e a descrição do corpo é o aspecto principal pelo qual se pode identificar uma encarnação.

As atividades da encarnação são os aspectos marginais. Em relação a isso, no início do Srimad-Bhagavatam (1.1.1), encontramos uma ótima descrição dos aspectos de um avatara. Neste verso, usam-se os termos param e satyam, e essas palavras revelam o aspecto principal de Krsna. Os outros aspectos marginais indicam que ele ensinou o conhecimento védico a Brahma e que encarnou como purusa-avatara para criar a manifestação cósmica.

Estes são os aspectos ocasionais manifestados para alguns propósitos especiais. Devemos ser capazes de entender e distinguir os aspectos principal e marginal de um avatara. Ninguém pode declarar-se uma encarnação de Deus sem se referir a esses dois aspectos. Uma pessoa inteligente não aceitará ninguém como um avatara sem estudar o aspecto principal e o marginal.

Quando Sanatana Gosvami tentou confirmar que as características pessoais do Senhor Caitanya eram iguais àquelas da encarnação desta era, o próprio Senhor Caitanya fez uma confirmação indireta, dizendo apenas: “Deixemos de lado todas essas discussões e continuemos com a descrição dos saktyavesa-avataras”.

O Senhor Caitanya indicou então que os saktyavesa-avataras são ilimitados e que ninguém pode calcular o seu número. No entanto, podem-se mencionar alguns deles como exemplos:

As encarnações saktyavesa-avataras pertencem a duas classes: diretas e indiretas.

Quando o próprio Senhor vem, Ele é chamado de saksat, ou um "saktyavesa-avatara" direto, e quando, para representá-lo, ele dota de poder uma entidade viva, esta se chama uma encarnação indireta, ou avesa ou "avesa-avatar".

Exemplos de avataras indiretos são os quatro Kumaras, Narada, Prthu e Parasurama.

Na realidade, eles são entidades vivas, porém, receberam da Suprema Personalidade de Deus poderes específicos. Quando o Senhor Supremo investe uma opulência específica em entidades específicas, estas se chamam "avesa-avataras". Os quatro Kumaras representam sobretudo a opulência cognitiva do Senhor Supremo. Narada representa o serviço devocional ao Senhor Supremo.


O serviço devocional também é representado pelo Senhor Caitanya, que é considerado como a representação plena do serviço devocional.

Em Brahma, investiu-se a opulência do poder criativo; no rei Prthu, investiu-se o poder de matar elementos malignos. A respeito da vibhuti, o favor especial da Suprema Personalidade de Deus, descreve-se no Décimo Capítulo do Bhagavad-gita que quando uma entidade viva tem poder ou beleza extraordinários, deve-se considerar que ela recebeu o favor especial do Senhor Supremo.

O Supremo Senhor Krsna parece sempre um rapaz de dezesseis anos, e, ao desejar descer a este universo, Ele primeiro envia seu pai, sua mãe, que são seus devotos, e então ele próprio advém como uma encarnação, ou vem em pessoa.

Todas as suas atividades – desde a matança de demônios – são exibidas em inumeráveis universos, e são ilimitadas. Na verdade, a cada momento, a cada segundo, Suas manifestações e diversos passatempos são vistos em diferentes universos (brahmanandas). Logo, Suas atividades são exatamente como as ondas do rio Ganges. Assim co não há limite para o fluxo das ondas do Ganges, não há interrupção do advento das encarnações do Senhor Krsna em diferentes universos. Desde a infância, Ele exibe muitos passatempos, e afinal exibe a dança da rasa.

Afirma-se que todos os passatempos de Krsna são eternos, o que se confirma em toda escritura. Em geral, as pessoas não conseguem entender como Krsna executa Seus passatempos, mas o Senhor Caitanya esclareceu isso, comparando Seus passatempos à órbita da Terra ao redor do Sol.

De acordo com os cálculos astrológicos védicos, as vinte e quatro horas de um dia e uma noite dividem-se em sessenta dandas. Os dias dividem-se de novo em 3.600 palas. Pode-se perceber o disco solar em cada sessenta palas, e esse tempo constitui uma danda. Oito dandas perfazem um prahara, e o Sol nasce e se põe dentro de quatro praharas. Quatro praharas constituem também uma noite, e então o Sol nasce. Assim como todos os passatempos de Krsna podem ser vistos em qualquer um dos universos, o sol pode ser visto em seu movimento durante 3.600 palas.

O Senhor Krsna permanece neste universo só por 125 anos, porém, todos os passatempos desse período manifestam-se em cada universo. Esses passatempos incluem desde Seu aparecimento, atividades infantis e juventude, até Seus últimos passatempos em Dvaraka. Porque estão presentes em todos os momentos em uma ou outra das miríades de universos, todos esses passatempos são considerados eternos.

O Sol existe eternamente, embora o vejamos nascer e se pôr, aparecer e desaparecer, de acordo com nossa posição no planeta. Do mesmo modo, os passatempos do Senhor continuam acontecendo, embora possamos vê-los manifestos neste universo específico somente a certos intervalos.

Sua morada é o planeta supremo conhecido como Goloka Vrndavana, e por Sua vontade este Goloka Vrndavana, e, por Sua vontade Suprema, suas atividades executadas lá também se manifestam em inumeráveis universos .

Ao aparecer, Ele o faz nesses lugares específicos, e em toda manifestação exibem Suas seis opulências."

(By Ishani D D)

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